segunda-feira, 5 de julho de 2021

Grupo Performáticos Quilombo integra múltiplas linguagens artísticas

Grupo Performáticos Quilombo integra múltiplas linguagens artísticas Projeto formado por artistas pretos visa questionar o racismo 08/03/2021 Grupo Performáticos Quilombo integra múltiplas linguagens artísticas, TV Bahia. No Conexão Bahia de sábado, 6, Luana Souza visitou o espaço Esse É Nosso, no Arraial do Retiro, quilombo Cabula, criado para levar mais arte para a comunidade. Lá a repórter conheceu o grupo Performáticos Quilombo, projeto que une artistas pretos, que integram múltiplas linguagens artísticas para questionar o racismo. “São grupos de artistas independentes que propõem, com várias linguagens artísticas e com estética afro, a fazer uma reflexão sobre essa doença maligna que é o racismo. Através da música, que é nossa base, e agregando artes visuais, dança, poesia, literatura”, contou Antônio Soares, diretor artístico e performer. Performáticos Quilombo é formado pelos artistas Antonio Soares (ator, performer e produtor), Denise Correia (musicista) , Lucy Castro (musicista), Emillye Lapa (musicista) , Lu Morais (musicista) , O Homem Negro (músico / rapper), Roberto Cândido (músico / baixo), Elvis Berandes (músico / guitarra), Nego Léo (músico / baterista), Dainho Xequerê (músico e diteror musical), Marcia Andrade (bailarina), Denissena (artista visual) e Edy Ribeiro (cenógrafo).

CABULOSO TRIO - PSIU

O Homem Negro

Criado no bairro de pernambues na cidade de Salvador – BA descobriu-se músico aos 12 anos, e desde então vem tentando realizar um sonho, viver trabalhando com arte, não escolheu ser músico por modismo ou porque achava bonito ver pessoas cantando, “a música o escolheu, é sua vocação”. Quando criança não tinha condições de ter um instrumento por isso fazia música orgânica, batendo em latas, ou com um pedaço de pau batendo nas paredes, vendo sua vocação musical, quando fez 18 anos ganhou violão de presente, sem dinheiro para tomar aulas aprendeu a tocar sozinho, chamado de louco porque queria montar uma banda com estilo e composições próprias. Nunca desacreditou! Em 1995 conheceu o rap através do funk carioca com a música rap da Felicidade- MC Cidinho e MC Doca , quando ouviu aquela música teve a certeza que seria músico. Em 1997 um amigo lhe emprestou uma fita cassete do Thaide e DJ Um, e outra do Racionais MC, ai veio o interesse por cantar rap. 20 anos de música e quase Dez anos de rap. Ailson é conhecido na cena rap de Salvador como “O Homem Negro”, vem destacando-se no cenário musical baiano com o estilo musical que ele chama de Rap “Roots”. O rapper procura expressar seus sentimentos políticos e sociais de forma embasada através da poesia cantada em verso e prosa. O Homem Negro participou de alguns eventos nacionais e internacionais, se destacou participando do premiado espetáculo “BARRELA” direção Nathan Marreiro, texto de Plínio marcos, onde cantava rap no salão do teatro Gregório de Matos, recepcionando o público que antes de assistir a peça assistia ao seu show. Com a música “Um Sonho Muito Louco” concorreu ao prêmio Hútuz 2008, na categoria; melhor demo masculino (festival de rap da America latina, promovido pela CUFA- Central Única das Favelas), e com o espetáculo “Fragmentes”, participou como ator e rapper no Festival Internacional de Teatro de Curitiba, de forma inédita no teatro baiano, um ator cantando rap em um espetáculo teatral. Integrante e um dos fundadores do “Coletivo de Artes João Ninguém” Projeto Vencedor do Prêmio Cultura Hip Hop edição Preto Ghoéz 2010, na categoria conexões, realizado Pelo MINC, secretária da Diversidade Cultural e Instituto Empreender. O homem negro que também é professor de filosofia tenta passar consciência crítica aos seus alunos utilizando o rap como ferramenta didática.

A Vaca Roxinha Urbana (cow parade) exposta na UNEB (quilombo Cabula )

A UNEB recebeu, na última quinta-feira (19), no Campus I da universidade, em Salvador, uma das esculturas que integram a 13ª edição da CowParade, uma exposição de arte pública internacional apresentada nas principais cidades do mundo. A nova edição do projeto chegou a Salvador espalhando pela cidade vacas de fibra que ganharam a expressão de 60 artistas visuais locais. A escultura é uma homenagem a Florinda Santos, “A Mulher de Roxo”. A UNEB participa desta que é uma das maiores intervenções de arte urbana do mundo, recepcionando a “Vaca Roxinha Urbana”, do artista Denis Sena. A peça ficará em exposição, no Campus I da UNEB, por três meses. A partir do uso da técnica de spray, Denis fez uma homenagem a Florinda Santos, “A Mulher de Roxo” – moradora em situação de rua que circulou misteriosamente pelo Centro Antigo de Salvador por décadas até falecer em 1997. “Ela foi uma personagem das ruas e a obra é uma forma de lembrá-la naquele que foi seu espaço de vida”, declarou Denis. A CowParade surgiu em 1998 a partir da ideia do artista suíço Pascal Knapp que, em um evento, apresentou a outros artistas visuais a vaca como o modelo ideal para expressão da arte em uma tela tridimensional. O conceito se une a outras construções do imaginário, como a sacralização da vaca na Índia e a sua aparição nas artes ilustrando uma capa de álbum da banda Pink Floyd.

Programa na Carona no quilombo Cabula

Museu Virtual Quilombo do Cabula

Ilustração: Denissena . Acesse ao site do Museu Virtual Quilombo do Cabula e prepare-se para conhecer uma parte especial de Salvador no Século XIX. https://museudocabula.com.br

Bucala: a pequena princesa do quilombo do cabula

Bucala: a pequena princesa do quilombo do cabula conta a história de uma linda princesa quilombola que tem o cabelo crespo em formato de coroa de rainha. Ela possui poderes que protegem o quilombo. Bucala voa no pássaro-preto, cavalga na onça suçuarana, mergulha no reino da rainha das águas doces e aprende toda a sabedoria dos reinos africanos com o sábio ancião bem-preto-de-barbicha-bem-branca. Autoria: Davi Nunes Adquira o livro no https://www.amazon.com.br/Bucala-Princesa-Quilombo-Cabula-Nunes/dp/8592736536